domingo, 21 de novembro de 2010

Olive tree













Jacarandá


Mudo tudo no meu quarto
pinto as quatro paredes de branco
vou guardar todos os velhos quadros
jogo cores aqui e alí, tentando reproduzir teu encanto

As gotas de tinta caem no chão
o contraste me faz viajar
o verde dos olhos, o roxo das flores
sem tremer, sem falar, vou traçar, rabiscar

Jacarandá

Click!


Tem uma garrafa de cerveja em cima da lixeira.
A luz se distorceu a minha volta para que eu focalize teu rosto de longe.
Se eu acertar essa pedra na garrafa, e você olhar, terei uma bela fotografia, embora prefira te fotografar sorrindo.
Teu pescoço se virando e teus olhos retos brilhates aparecem em uma fração de segundos enquanto teu cabelo ainda cai nos ombros com o movimento rápido logo após os estilhaços tocarem o chão e combinar esse som maravilhoso com mais um dos teus encantadores movimentos infinitos embalados com teu corpo enérgico e delicado agora perpetuado em uma Polaroid.
Bela fotografia.
Agora só posso esperar que você me veja e tomara que sorria para a lente. Os clicks frenéticos continuam en quanto você se aproxima olhando com ar de surpresa as imagens ganhando cor caídas na minha frente.
Te focalizo mais uma vez. Desta vez sem câmera e segurando o riso entre os dentes para não te distrair da tua atuação real de mulher viva e livre.
Sem o menor pudor, imagino o corte e os bastidores.



Escrito por
Abhner de Oliveira